por Andrey Lehnemann
No panorama do cinema de horror contemporâneo, poucos cineastas conseguiram imprimir uma marca tão distintiva quanto James Wan. Sua jornada, iniciada com o impactante Jogos Mortais (2004), não apenas revitalizou o gênero de horror norte-americano, mas também introduziu uma nova era de torture porn, inspirada pelo extremismo gráfico do cinema francês.
A obra de Wan, caracterizada por uma câmera operante que captura personagens frequentemente deslocados no quadro, reflete uma meticulosa atenção à composição e ao movimento, elementos que se tornariam assinaturas de seu estilo.
A incursão de Wan no sobrenatural, particularmente em filmes como Sobrenatural (2010) e Invocação do Mal (2013), marca uma evolução em sua abordagem cinematográfica. Aqui, Wan canaliza a estética do cinema italiano dos anos 60/70, evocando mestres como Dario Argento e Mario Bava.
O uso intencional das cores e a composição milimétrica dos quadros não são meramente decorativos; eles servem como pistas narrativas, convidando o espectador a uma experiência mais imersiva e participativa. Esta técnica, que permite ao público captar detalhes cênicos de forma quase inconsciente, é um testemunho da habilidade de Wan em transcender os limites do gênero.
Maligno (2021), a mais recente adição ao repertório horrífico de Wan, é talvez sua homenagem mais explícita ao giallo, embora permeada por uma nostalgia dos anos 90 e da era VHS. Este filme encapsula a evolução de Wan de um cineasta de horror gráfico para um estilista sofisticado, cujas obras dialogam com a tradição cinematográfica, ao mesmo tempo em que a reinventam.
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