Ontem, aconteceu a primeira aula do Clube do Crítico 26, para discutir Psicopata Americano (American Psycho), adaptação do livro de Bret Easton Ellis dirigida e roteirizada por Mary Harron no ano 2000.
A aula tratou de discutir a categorização de Psicopata Americano, se sátira ou terror psicológico ou os dois, a confiabilidade ou não de seu narrador, Patrick Bateman, e as consequências disso para a narrativa, a relação política entre a obra e a década de 80, quando Ronald Reagan era presidente norte-americano e os Estados Unidos estavam no epicentro da crise Irã/Contras. Mas um tema dominou a atenção que é a discussão entre imagem e conteúdo e a relação disto com o capitalismo consumista e neoliberal encenado por Bateman e aqueles com quem divide a mesa em jantares e bares de elite.
Se você ainda não assistiu a Psicopata Americano, deveria fazê-lo, mesmo que o seu personagem-título tenha sido cooptado pela ideologia (é ideologia?) incel, apesar de ser ou talvez por ser um dos personagens mais patéticos e ridículos do cinema neste século. O filme conta a história de um analista de fusões e execuções da empresa de seu pai em Wall Street cuja máscara de sanidade começa a cair, levando-o a cometer uma série de assassinatos nas noites escuras Nova Iorquinas. Christian Bale interpreta o protagonista que, noutra realidade, seria interpretado por Leonardo DiCaprio - que era o queridinho da Lionsgate - ou mesmo Matt Damon, Ben Afflect, Vince Vaughn, Ewan MacGregor e Edward Norton.
A partir de agora, vou tratar da maneira com que Mary Harron trabalha reflexos como um motivo narrativo.
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