Cinema com Crítica

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Mabel é Internada: Um Diretor e uma Atriz sob Influência

Mabel é Internada: Um Diretor e uma Atriz sob Influência

Anatomia de uma cena de Uma Mulher Sob Influência

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Márcio Sallem
abr 07, 2025
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Mabel é Internada: Um Diretor e uma Atriz sob Influência
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Filho de imigrantes gregos e estrela de dramas televisivos ao vivo nos anos 50, John Cassavetes foi conhecido como o pai do cinema independente norte-americano. Prefiro pensar como um pai. Após Sombras (1960)1 e sobretudo de Faces (1968), Cassavetes se estabeleceu como uma personalidade que não abria mão das próprias convicções em seus filmes, mesmo que isso o colocasse em atrito com os estúdios ou com o público. Os Maridos (1970) e Assim Falou o Amor (1971) são bons filmes, mas que não ajudaram Cassavetes a convencer os estúdios a investir em um estilo erroneamente atribuído à improvisação, mas que favorecia a espontaneidade, porque colocava a atuação, assim como a história, no foco de sua atenção.

Esse é um dos motivos pelo qual não conseguiu financiamento para Uma Mulher Sob Influência (1974), e precisou hipotecar a sua própria casa e recorrer ao amigo, o astro do seriado televisivo Columbo, Peter Falk, pelo restante para completar U$ 1 milhão. No elenco, amigos e familiares: a mãe Katherine Cassavetes, a sogra Lady Rowlands, os seus filhos e os de seus amigos. E, para compor parte da equipe, os estudantes do Conservatório da American Film Institute. Essas medidas mantiveram o orçamento sob controle. Mas, apesar de ter o filme pronto, e elogiado pela maior parte da crítica e do público, inclusive por Richard Dreyfus, Cassavetes não encontrou distribuidoras interessadas em adquiri-lo. O outro motivo? As distribuidoras não demonstravam um interesse em histórias de mulheres. Foi quando Cassavetes arregaçou as suas mangas e precisou encontrar os meios para distribuí-lo independentemente.

O filme se transformou em um sucesso de bilheteria, dentro do padrão modesto em que está, e permaneceu 18 meses em exibição nos cinemas. Conquistou 2 indicações ao Oscar (Atriz para Gena Rowlands e Diretor), e se consolidou como o filme indie a que todos os demais ambicionavam ser. No roteiro, Mabel (Gena) é casada com Nick (Falk) e tem 3 filhos, mas a ansiedade e o estresse da vida doméstica, as expectativas sociais, o desejo de agradar mesmo que isso provoque o apagamento de si acarretam um colapso emocional e nervoso em Mabel, que age e se comporta erraticamente.

A cena abaixo é o momento em que Nick, a sua mãe (Katherine Cassavetes) e o médico (Eddie Shaw) realizam uma intervenção que terminará em sua internação compulsória. Esse conteúdo será exclusivo para assinantes da Newsletter, então convido vocês para assiná-la e ajudar no meu trabalho crítico a partir de 9,90/mês.

A cena é essa:

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