Tive essa mesma impressão. Várias passagens como sua ascensão nos Secos & Molhados, a relação familiar conturbada, sua alma libertária versus a rigidez militar dos quartéis, entre outras, renderiam outros filmes e outras possibilidades de roteiro.
Como você bem pontuou é muito complicado dar conta de uma vida (e no caso do Ney, uma existência tão profícua) em pouco mais de duas horas. As questões desfilam pela tela sem aprofundamento algum. Pena...
A questão com o Gozanguinha foi real. A música quase não entrou no disco e Ney apresentou a ele, que o incentivou a colocar. Ele falou isso em várias entrevistas. Então, não foi uma decisão embaraçosa do filme.
Também costumo detestar cinebiografias e aqui me incomodei com o mosaico que o Esmir faz tudo muito superficial. E bondade sua chamar de homenagem a cena na base aérea, tive vontade de levantar e sair do cinema com essa (tentativa de) cópia descarada da Denis e a cena com a fumaça em câmera lenta total chupada de Wong Kar Wai. Jesuíta tá ótimo, mas não o suficiente pra encobrir roteiro e direção tenebrosos do Esmir (e a participação da irmã dele com zero talento pra atuação, embora excelente comunicadora, foi de doer também).
Boa noite!
Gostei bastante do seu texto, principalmente da definição da parte do Cazuza como um apêndice - tive a mesma sensação…
Obrigado pelo elogio, Aline.
Eu acho que o relacionamento com o Cazuza, dentro do contexto da epidemia da AIDS, renderia um filme sozinho.
Tive essa mesma impressão. Várias passagens como sua ascensão nos Secos & Molhados, a relação familiar conturbada, sua alma libertária versus a rigidez militar dos quartéis, entre outras, renderiam outros filmes e outras possibilidades de roteiro.
Como você bem pontuou é muito complicado dar conta de uma vida (e no caso do Ney, uma existência tão profícua) em pouco mais de duas horas. As questões desfilam pela tela sem aprofundamento algum. Pena...
A questão com o Gozanguinha foi real. A música quase não entrou no disco e Ney apresentou a ele, que o incentivou a colocar. Ele falou isso em várias entrevistas. Então, não foi uma decisão embaraçosa do filme.
Dito isto, irei enfrentar a estrada sim!!
Também costumo detestar cinebiografias e aqui me incomodei com o mosaico que o Esmir faz tudo muito superficial. E bondade sua chamar de homenagem a cena na base aérea, tive vontade de levantar e sair do cinema com essa (tentativa de) cópia descarada da Denis e a cena com a fumaça em câmera lenta total chupada de Wong Kar Wai. Jesuíta tá ótimo, mas não o suficiente pra encobrir roteiro e direção tenebrosos do Esmir (e a participação da irmã dele com zero talento pra atuação, embora excelente comunicadora, foi de doer também).